quarta-feira, 13 de abril de 2011

Inicio dos resumos do livro "Evolutionaty Psychology" de Dylan Evans

Psicologia evolutiva é a combinação da - biologia evolutiva
- psicologia cognitiva

A psicologia cognitiva baseia-se em teorias da mente, dá enfasê a dois pontos cruciais:
-as acções são causadas por processos mentais
- a mente é como um computador

Tenta explicar porque é que os humanos agem de uma determinada maneira.

A psicologia do senso comum relaciona crenças e desejos com as acções realizadas “folk psychology”.

Em 1920 alguns psicologos (Watson e Skinner) argumentam que a psicologia do senso comum (folk psychology) não pode ser considerada cientifica. E que o comportamento não é a consequência de crenças e desejos, mas de estimulos exteriores.
Este ponto de vista ficou conhecido como Behaviorismo.

Em 1960 os psicologos começam a rejeitar a ideia do behaviorismo, consideram que não podem eliminar a presença de crenças e desejos no comportamento humano. A psicologia cognitiva explica as acções humanas por processos mentaiscomputations.

Alan Turing afirma que, um computador é um conjunto de operações que processam a informação. Então, um computador não será uma peça de hardware, mas de software, a sua essência não se baseia nos materias pelos quais é composto, mas pelos programas que executa. Para a psicologia cognitiva a mente é uma peça de software.

A mente foi inicialmente defenida como, um relogio, um sistema telegráfico... Freud no século XIV compara a mente a um sistema de canais e de canos.

Contudo...
Há muitas mais razões para comparar a mente a um computador do que a um relógio ou a um sistema de irrigação. A função da mente tal como a do computador é de processar informação.

Biologia evolutiva

Inicia-se com Charles Darwin no livro The Origin of Species.
De acordo com a biologia evolutiva os humanos descendem de antecessores e partilham um antecessor primário comum com todos os seres vivos.
Os genes de cada especie animal determinam as suas caracteristicas. Quando um gene de uma determinada espécie se altera vão ocurrer mutações, prejudiciais (macromutações) ou benéficas (micromutações). Estas últimas permitem uma evolução e adaptação da espécie ao meio ambiente.
Cada espécie parece ter sido concebida para um determinado propósito ( selecção natural).

Paley no livro Natural Theology compara adaptações como os olhos e as assas com complexas maquinas desenhadas pelos homens.

Dawkins compara a selecção natural a um construtor de relógios cego (blind watchmaker), produz complexas formas, mas de forma “inconsciente”.

A psicologia evolutiva diz-nos que a mente é uma complexa “máquina” (computador).
A biologia cognitiva diz-nos que esta “máquina” complexa desenvolveu-se por selecções naturais.

Quando os psicologos cognitivos começam a estudar a mente julgavam que esta continha um simples programa capaz de processar toda a informação que recebesse.
Chomsky demonstra que um simples programa não seria capaz de aprender uma lingua da mesma maneira que uma criança humana normal. Para uma criança aprender uma lingua tem de primeiro ouvir os adultos a falarem, contudo o discurso dos adultos contém erros. A aquisição correcta da linguagem só é possivél pela existência de um inato equipamento de linguagem adquirido ( language acquisitions device – LAD). A linguagem não é algo aprendido, mas desenvolvido naturalmente.

Marr mostra outro complexo programa da mente relacionado com a visão, a partir do qual nos reconstruimos imagens tridimensionais observando cada pedaço de uma forma como um cilindro. Ex: Braços, pernas, tronco, cabeça...

Fodor conclui que a mente é um conjunto de vários programas especificos cada um com as suas regras e entreligados a um modulo central que processaria várias informações. Chama a estes programas modules. Ex: taste module, sound module...
Vários psicologos evolucionistas contradizem a teoria de Fodor, de que cada modulo especifico está ligado a um processamento central. Defendendo que cada problema é especifico e não poderia ser resolvido por um modulo central. Diferentes ambientes trazem diferentes problemas adaptativos requerindo diferentes adaptações.

Durante séculos a mente tinha sido dividida em faculdades, no século XIX Gall divide a mente em 12 capacidades distintas.

Tobby e Cosmides defendem que existem inumeros modulos especificos, e compara a mente a um canivete suiço, onde cada peça é desenvolvida para executar uma determinada função.

Problemas adaptativos: - Evitar predadores
- Comer a comida saudavél
- Formar alianças e amizades
- Ajudar as crianças e outros parentes
- Ler a mente dos outros
- Comunicar com os outros
- Seleccionar parceiros sexuais

Os genes não são a causa directa do comportamento, ajudam a contruir modulos e os modulos da mente é que criam o comportamento. Ex: os genes para evitar predadores funcionam criando modulos de “predator-avoidance”.

Avoid-predators modules

Joshep LeDoux demonstra que a emoção de medo que nos prepara para escapar de predadores sem ser vistos é subdividida em dois mecanismos neuronais. Um mecanismo é muito rápido o outro será mais lento, o primeiro mecanismo ao observarmos algo que nos transmite uma sensação de ameaça irá processar-se rapidamente de forma a escaparmos o mais rápido possivel da ameaça, o mecanismo mais lento diz nos se é ou não um falso alarme.

Food preference modules

Permitiu desenvolvermos a capacidade de desejar a comida mais calórica, com mais açucares, que produzi-se mais energia. Esta escolha seria essêncial num meio primitivo onde a comida era escassa.

Por outro lado quando o modulo mental detecta uma comida que parece ser prejudicial, activa o sentimento de nojo.

Alliance formation modules

Viver em grupo beneficiou os nossos antecessores a se defenderem de predadores. Uma aliança é um arranjo onde há uma inter ajuda entre os individuos (altruismo reciproco, tit-for-tat).
O problema adaptativo essêncial a ultrapassar ao fomar uma aliança é o problema “free rider” (individuos que se aproveitam das acções dos outros sem retribuir o favor).

Axelrod demonstra que o problema adaptativo free-rider pode ser resolvido por três condições: - os individuos entram em conflito com o free-rider diversas vezes
- os individuos conseguem distinguir aqueles que conheceram antes, dos estranhos
- os individuos conseguem recordar a forma com os outros os trataram anteriormente